Num de seus trabalhos evangelísticos o missionário visitou uma aldeia.
O índio ficou admirado de muitas coisas, especialmente, do barulhento,
e estranho objeto colorido que o jovem missionário trazia no pulso.
Meio sem jeito e a contragosto o jovem pastor tirou o relógio do pulso
e o deu de presente ao índio. Feliz da vida, o índio fez um belo cocar
gigante de penas e contas multicolores e colocou o pequeno relógio no
centro do ornamento e o pendurou num galho muito alto e chamou o
missionário para ver sua obra prima.
Com um sorriso amarelo no rosto o missionário contemplava o ornamento
com o relógio que se perdeu em meio às penas a vários metros de
altura. Passados alguns meses aquele jovem missionário voltou para sua
casa.
Antes de entregar aos superiores o relatório de sua viagem, olhou para
as paredes de seu escritório e viu ali pendurados os arcos e flechas,
tacapes e a pequena flauta que servia de decoração. Antes de fechar a
porta o moço parado pensou e sorriu para si mesmo: “Engraçado o que
aquele índio fez com o meu relógio”.
É comum julgarmos as pessoas a partir do nosso juízo, do nosso
conhecimento. Cada indivíduo tem o seu próprio juízo das coisas. O
conhecimento que eu adquiri não me dá o direito de achar que sou dono
da verdade. Por isso a humildade é a mais nobre das inteligências.
Professor JOÃO LEANDRE JORGE
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